A inveja é um sentimento que nasce do complexo de inferioridade, o qual obriga a pessoa à busca de uma posição superior. Na inveja, deseja-se um bem ou a felicidade que alguém possui, provocando o deslocamento da energia não para si mesmo, mas para algo externo.
A inveja decorre da incapacidade de olhar para si mesmo, preferindo olhar para o outro.
Muitas vezes, leva a atitudes que tendem a diminuir os outros exatamente pelo complexo inconsciente de se achar inferior. Provoca a fofoca e indispõe pessoas, obrigando-as à falsidade. Para fazer face à inveja, quando não se resvala pela agressividade ao outro, utiliza-se mecanismos de compensação, valorizando e, às vezes, supervalorizando aspectos pessoais, minimizando o que se cobiça. Em outras vezes, desvia-se a atenção de quem fala para outros assuntos, quando se trata de elogios a alguém a quem se inveja.
Pode também levar à concorrência, que promove o aperfeiçoamento do que se faz motivando para se continuar progredindo. Quando se desloca a energia do complexo de inferioridade para o crescimento espiritual, evita-se a inércia, a acomodação profissional e pessoal.
A inveja também pode se tornar uma coisa “boa” quando tentamos modelar alguém a quem invejamos. Esse sentimento de querer crescer como ela nos leva ao aprimoramento da posição que ocupa em relação ao objeto que se deseja.
Quando o objeto de desejo não é retirado do outro nem se constitui em algo falso ou artificial, chega-se a uma posição melhor, graças à energia dispensada pela inveja.
Quando você se sentir acometido pela inveja, faça-se as seguintes perguntas:
O que essa pessoa tem que eu não tenho?
Trata-se de uma qualidade da personalidade, de uma beleza externa ou de uma condição material?
Por que considero isso importante?
Esforçar-me para adquirir isso acrescentará algo ao meu caráter?
Contribuirá para meu crescimento espiritual a aquisição disso?
Após responder a essas perguntas, poderá se redirecionar adequadamente à energia movida pela inveja feita a serviço do self.
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