O que é raiva?
A raiva é um sentimento forte e dominante, carregado de energia ativa que exige saída para um ato. Não raro decorre de uma reação à agressão de alguém, quando acreditamos que a pessoa nos atingiu em valores que consideramos importantes. Ela advém da insegurança e da falta de equilíbrio pessoal. Pode ser direcionada para a ação de maneira positiva, sem que agrida o outro, o qual supostamente nos atingiu. Às vezes, manifesta-se como o chamado nervosismo ou mau-humor, deixando a pessoa a mercê de pensamentos e idéias confusas. Geralmente a raiva leva ao deseja de vingança, promovendo a ampliação do mal que o atinge, alcançando terceiros. É uma energia poderosa que altera o estado psíquico, fazendo com que aflore a sombra do individuo, levando-o a cometer desatinos, dos quais se arrependerá mais tarde. Nasce dos complexos inconscientes que circulam no psiquismo humano de forma autônoma, face ao desconhecimento de si mesmo. Exige cuidado para que não se instale como um comportamento arquetípico de defesa, o qual pode gerar a agressividade.
A raiva não quer muito esforço para que nos domine, diante da nossa natureza animal, pois permitimos que o instinto prevaleça, tomando a dianteira de nossas ações.
Quando se instala, constitui-se na permissão que damos ao outro para comandar nossa vontade interior. A pessoa, à qual dirigimos nossa raiva, passa a determinar nossas atitudes, caso prevaleça o impulso inicial de agredir para se defender.
A raiva consegue destruir os propósitos mais nobres da consciência, que se volta para o lado sombrio da personalidade. Possibilita a execução de mecanismos de defesa, que nos afastam da percepção sobre nós mesmos, pondo-nos contra o outro. Quem se enraivece sai de si e projeta sua sombra os outros.
Para evitar que ela se instale e cause prejuízos a longo prazo na personalidade, é preciso que o indivíduo se conheça e coloque em si, imediatamente quando a sentir, a causa da mobilização da energia da raiva. Nem sempre conseguimos controlar o impulso de revidar, mas podemos sempre pensar antes, durante ou depois que a colocamos em prática, que aquilo que nos aflige está em nós. O outro apenas serviu de instrumento para mobilizar em nós o que estava latente e autônomo. É importante que se verbalize a própria raiva de uma forma conciliadora em relação à causa.
Quando nos encontramos em um processo de transformação interior, saímos do desejo de agressão para o agradecimento ao outro por nos ter alertado quanto à resistência do complexo que foi por ele ativado e que passa a ser conscientizado. Quando um complexo é ativado podemos conhecê-lo e dissolvê-lo.
A raiva faz parte da vida
Todo mundo fica com raiva de vez em quando, é normal e faz parte da vida. No entanto, se você deixar a raiva persistir e não a soltar imediatamente, ela continuará ocupando sua mente, afetando adversamente seus sentimentos e ações e roubando sua paz, tranquilidade e felicidade.
Ficamos com raiva quando há frustração, falta de satisfação, estresse, mágoa e infelicidade.
Também ficamos com raiva quando as pessoas nos assediam, nos menosprezam, nos criticam, nos colocam em perigo ou nos tratam com grosseria.
A raiva nunca resolve nada. É um forte sentimento negativo, que estraga os relacionamentos, cria hostilidade, pode prejudicar sua saúde e, muitas vezes, se transforma em ressentimento duradouro, amargura e tristeza.
Se você permitir que a raiva cresça e se enraíze, ela se transformará em ressentimento ao longo da vida e afetará negativamente sua vida.
Escolher tranquilidade ao invés da raiva permite:
• Não agir impulsivamente e não deixar que a raiva dite suas ações
• Ouvir a voz da razão e agir em conformidade
• Evitar ressentimentos e animosidades profundamente enraizados
Não deixe a raiva controlar sua vida!
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