A insegurança é um mal que está na base de outros males, pois decorre da incapacidade de se perceber ligado a Deus, conectado com o Universo. A sensação de não estar vinculado à alguma coisa ou de não ter um referencial em que se possa se sentir seguro, promove a
insegurança. Quando a pessoa assim se sente, ativa outros complexos que possibilitam o surgimento, muitas vezes sutil, dos medos, os quais impulsionam a atitudes inadequadas.
Ser inseguro é consciente ou inconscientemente, antever um futuro não muito gratificante, dando lugar ao pensamento pessimista. A insegurança gera a indecisão perante aquilo ao qual a pessoa se acha incompetente para realizar. Muitas decisões, por aquele motivo, acabam exigindo uma grande quantidade de energia psíquica por parte o indeciso. Ele se desgasta e continua incapaz de tomar novas decisões, visto que a insegurança permanece latente.
O inseguro deve se munir de elementos psicológicos que calcem suas estruturas psíquicas, para que não mais se sinta desligado da grande Unidade da Vida. Sentir-se conectado e participante de um macro-processo coletivo de crescimento, possibilita ao indivíduo mais segurança e tranquilidade para dar seus passos na direção de sua própria evolução espiritual. Estar seguro de si é ter garantias quanto ao seu próprio futuro, de saber que será bem sucedido e que nada lhe acontecerá que não possa suportar ou vencer. É ter confiança na própria capacidade de superar os obstáculos do caminho e da ajuda da própria vida em seu favor, seja através de amigos ou de espíritos desencarnados. Confiar é fiar com, unindo esforços junto a outros que possam contribuir coletivamente com o próprio processo e com o de cada um deles.
Vencer a insegurança é aprender a perder, a lidar com a derrota como uma forma de lição que a vida oferece e a acreditar que amanhã certamente será melhor que hoje. Nesse sentido, o otimismo é desejado ao inseguro, sem que ele perca a percepção da possibilidade de derrota.
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